sábado, 9 de julho de 2011

Um pouco de humor...

Postado por Mateus Cambuí

A frutose e o aumento dos triglicerídeos.

Baseando-se no artigo disponibilizado no blog de biobio, iremos responder a pergunta solicitada. 
                Vários estudos tem sido feitos acerca da frutose e seu metabolismo, bairros deles apontaram que o consumo deste nutriente influi no desenvolvimento de uma série de problemas como a diabete mielitus tipo 2, hipertensão e aumento de triglicerídeos (TAG).
A alta absorção e fosforilação de frutose pelo fígado através da Frutoquinase faz com que pouca frutose chegue à circulação, o que não acontece com a glicose que é em grande parte devolvida à circulação para a manutenção da glicemia. Como a glicose estimula a libertação de insulina pelas células β do pâncreas e a frutose não, a ingestão excessiva desta resultar em uma resposta insulinémica pós-prandial diminuída em comparação à glicose. A insulina aumenta a expressão lípase das lipoproteínas, sem o aumento desta expressão, os TAGs tem sua captação diminuída pelo tecido adiposo subcutâneo principalmente e passam mais tempo na circulação sanguínea, o que acaba fazendo com que ele sendo captado pelo tecido adiposo visceral que tem efeitos mais nefastos para o corpo.

Além disso, a regulação da enzima Glicoquinase acontece negativamente com altas concentrações de Frutose-6-Fosfato, este mecanismo deixa de ocorrer de forma eficiente devido ao fato de a enzima Frutoquinase converter Frutose em Frutose-1- Fosfato que funciona como modulador positivo para a Glicoquinase e a Glicogênio Sintase (como é exemplificado na imagem abaixo) o que acaba aprisionando a glicose nos hepatócitos como é mostrado na imagem abaixo:



A ação da Frutoquinase acaba estimulando também a DNL (lipogênese “de n,, o que faz com que a quantidade de Acetil-CoA seja maior do que as mitocôndrias conseguem metabolizar, este acaba sendo convertido em Citrato e torna-se substrato para a DNL, a Frutose ainda tem, através dos seus intermediários, a capacidade de ativar genes das enzimas da DNL. O aumento dos lípidos hepáticos está relacionado a diminuição da degradação de apoB o que aumenta a síntese e secreção de VLDL ricas em TAG para a corrente sanguínea.                 A imagem abaixo mostra as vias por as quais a frutose participa e acaba alterando.

Bibliografia:
-Artigo disponibilizado no http://biobio-unb.blogspot.com/

Postado por Mateus Cambuí Milhomens

Os diferentes tratamentos farmacológicos contra o Alzheimer

Apesar de pesquisas e buscas da cura do Mal de Alzheimer, a ciência farmacológica só pode oferecer uma desaceleração da doença.

O Mal de Alzheimer é uma doença crônica, progressiva e irreversível, sendo assim, ainda não se conhece uma cura definitiva para tal. Os tratamentos farmacológicos conhecidos até o momento limitam-se apenas em desacelerar a evolução natural da doença.
            Quatro níveis podem definir o tratamento farmacológico da DA:
    (1)  Tem como objetivo reverter processos patofisiológicos que conduzem à morte neuronal e à demência;
    (2)  Visa a retardar o início da demência ou prevenir declínio cognitivo adicional;
  (3)  Visa restaurar, ainda que parcial ou provisoriamente, as capacidades cognitivas, as   habilidades funcionais e o comportamento dos pacientes portadores de demência;
   (4)  Busca o tratamento das manifestações não cognitivas da demência, tais como depressão, psicose, agitação psicomotora, agressividade e distúrbio do sono;

Inibidores das colinesterases

As principais drogas licenciadas atualmente para o tratamento da doença são os inibidores de colinesterases (I-ChE). Com efeito sintomático discreto sobre a cognição da doença, e às vezes beneficiando também certas alterações não-cognitivas da demência, inibem as principais enzimas catalíticas, a acetil e a butirilcolinesterase, disponibilizando um aumento sináptico de acetilcolina, proporcionando um pressuposto déficit colinérgico que ocorre na doença.
Os I-ChE podem ser inibidores reversíveis, pseudo-reversíveis (duração intermediaria) ou irreversível metrifonato (duração longa), o qual teve seus estudos clínicos descontinuados, devido à sua toxicidade. Tacrina, galantamina e donepezil são exemplos de inibidores reversíveis, de duração curta, intermediária e longa, respectivamente. Tacrina e rivastigmina inibem também a butirilcolinesterase, o que pode resultar em maior incidência de efeitos colaterais periféricos; por outro lado, a butirilcolinesterase também está envolvida na maturação das placas neuríticas, e sua inibição pode representar benefícios adicionais ao tratamento (Mesulam e Geula, 1994). A inibição das colinesterases pela rivastigmina é classificada como pseudo-irreversível, uma vez que ocorre dissociação temporal entre seus parâmetros farmacocinéticos e farmacodinâmicos: a interação da enzima com a rivastigmina, na fenda sináptica, leva à formação de um produto de clivagem fenólico com atividade farmacológica mínima e rápida excreção, e de um complexo carbamilado com a enzima, que impede a hidrólise da acetilcolina, por inibição competitiva e duradoura, porém reversível. Com isso, os efeitos inibidores perduram após a eliminação da droga–mãe e seus metabólitos, reduzindo assim os riscos de interações medicamentosas.
O uso dos I-ChE podem surtir mais efeito em alguns pacientes do que em outros, já que alguns pacientes beneficiam-se muito e outros muito pouco. O uso desses inibidores é recomendado para pacientes com DA leve ou moderada, desde que não haja contraindicações. Também deve-se avaliar a relação custo-benefício do tratamento, enquanto que caso a deterioração cognitiva, após três a seis meses de tratamento, mantém-se em um mesmo ritmo, ou se o paciente adere mal ao tratamento, caso seja constatado que a droga já não faz mais efeito após um período de interrupção ou caso haja uma rápida deterioração depois de um período inicial de estabilização, é recomendável a interrupção do tratamento (Lovestone et al., 1997).
Donepezil, rivastigmina, galantamina são inibidores de segunda geração das colinesterases, apresentando muitas diferenças farmacocinéticas, mas muitas semelhanças farmacológicas. Atingiram um grau de inibição da enzima em números de 30% a 60%,  promovendo aumento da disponibilidade sináptica de acetilcolina. Entretanto podem causar efeitos colaterais, como:
efeitos adversos gastrintestinais: náuseas, vômitos, diarréia, anorexia, dispepsia, dor abdominal, aumento da secreção ácida;
cardiovasculares: oscilação da pressão arterial, síncope, arritmia, bradicardia;
outros sintomas como tonturas, cefaléia, agitação, insônia, câimbras, sudorese, aumento da secreção brônquica.

Memantina

O glutamato é o principal neurotransmissor excitatório cerebral, particularmente em regiões associadas às funções cognitivas e à memória, tais como o córtex temporal e o hipocampo. O glutamato também age como uma excitotoxina, causando a morte neuronal quando níveis elevados desse neurotransmissor são liberados por períodos prolongados. As regiões corticais e subcorticais que contêm neurônios e receptores glutamatérgico sofrem perdas estruturais e funcionais na evolução da DA (Li et al., 1997; Rogawski e Wenk, 2003). A memantina atua na neurotransmissão glutamatérgica, a qual é alterada como consequência do mal de Alzheimer, assim como a colinérgica. A memantina, que em condições fisiológicas exerce ações semelhantes aos íons magnésio, interage com os receptores NMDA, ocasionando os efeitos rápidos, como os voltagem–dependentes.
A memantina bloqueia os receptores NMDA no estado de repouso e, assim como o magnésio, é deslocado de seu sítio de ligação em condições de ativação fisiológica; em contrapartida, não se desprende do receptor na vigência de ativação patológica. Essas propriedades conferem à memantina uma ação neuroprotetora contra a ativação excitotóxica de receptores de glutamato (Misztal et al., 1996).
Avaliações clínicas realizadas por Winblad e Portis (1999) constataram que a memantina proporcionou benefícios funcionais e comportamentais a pacientes em estado de demência primária, moderada e grave, diminuindo a necessidade de assistência e dependência de cuidados assistenciais, assim como avaliações realizadas por Reisberg et al. (2003). O autores concluíram que “a terapêutica antiglutamatérgica é capaz de reduzir a deterioração cognitiva e funcional em pacientes portadores de demência moderada a grave” (Reisberg et al., 2003).
Concluiu-se mais recentemente que em pacientes com DA moderada a grave, ao se associar o tratamento com doses estáveis de I-ChE e memantina consegue-se um quadro mais favorável em parâmetros cognitivos, funcionais e comportamentais, além tornar-se mais seguro e bem tolerado.

Bibliografia:
  • http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol32/n3/137.html
  • http://isafechineodonto.blogspot.com/2011/05/antibiotico-na-odontologia.html


         Postado por: Lucas Campos Ugliara